Contratação por intuição: por que confiar só no feeling pode sair caro

A contratação por intuição é um assunto pouco comentado entre os empresários. Muitos gestores se orgulham de “ter faro para contratar”. De fato, a intuição pode ajudar em algumas percepções, mas depender apenas dela é arriscado. Quando decisões de contratação são tomadas no feeling, improviso, sem critérios claros, os resultados podem custar caro para a empresa: aumento de turnover, baixa performance e até prejuízo financeiro direto.

Por que a intuição falha?

• Viés inconsciente: simpatia ou identificação pessoal com o candidato pode influenciar mais do que competências reais.

• Excesso de pressa: sem um processo estruturado, o gestor preenche a vaga rápido, mas com o perfil errado.

• Foco apenas no “jeito da pessoa”: fit cultural é essencial, mas precisa ser avaliado de forma objetiva, não apenas por impressão.

O custo da contratação equivocada:

• Financeiro: até 3x o salário anual do colaborador para substituir.

• Produtividade: tempo perdido com treinamento de alguém que não se adapta.

• Cultura: um perfil desalinhado pode gerar conflitos no time.

Como equilibrar intuição e dados?

1. Defina critérios antes da entrevista: quais hard e soft skills são obrigatórios?

2. Estruture perguntas situacionais: avalie experiências concretas em vez de respostas genéricas.

3. Use ferramentas de assessment: testes comportamentais e técnicos trazem clareza.

4. Valide percepções em grupo: envolva outros avaliadores para reduzir vieses individuais.

Confiar só no feeling pode sair caro para qualquer cargo, embora a intuição pode ser útil no dia-a-dia, mas não deve ser a bússola principal de uma contratação. Empresas que unem dados, processos estruturados e avaliação estratégica contratam melhor, mais rápido e com menos erros. 

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